PM RECEBE TREINAMENTO PARA AGIR EM SITUAÇÕES DE CONFLITO


Curso é compatível com o realizado pelas forças armadas dos Estados Unidos e capacita os alunos para atenderem feridos


A Polícia Militar, por meio da Diretoria de Saúde e em parceria com o Hospital das Clinicas, deu início ao primeiro treinamento para atendimento pré-hospitalar ao trauma na manhã desta sexta-feira (27), no Hospital da Polícia Militar. É a primeira vez, no Brasil, que as aulas são ministradas para policiais. O objetivo é capacitá-los para assistência à saúde em situações de conflito.


O curso intitulado Tactical Combat Casualty Care (TCCC) foi aprovado pelo Colégio Norte Americano de Cirurgiões e faz parte do programa Pré Hospital Trauma Life Support (PHTLS), dos Estados Unidos, que prepara militares das forças armadas para a guerra.


Em sua primeira edição no país, 47 policiais de São Paulo serão beneficiados com a formação e estarão aptos a auxiliar seus companheiros em ocasiões de alto risco, ou até mesmo em caso de combate bélico, catástrofes naturais e atentados terroristas.



“A ideia é formar instrutores locais para que, a partir disso, a Polícia Militar de São Paulo seja um núcleo de referência no Brasil, podendo ser formados instrutores no Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Civil e Federal, ou qualquer outra força tática”, disse o diretor de saúde e do curso, coronel médico do Estado da Paraíba Fábio Almeida.


O curso, que teve início hoje, vai até dia 02 de dezembro com a formação de uma turma de 23 alunos e outra de 24. A primeira é integrada, em sua maioria, por médicos e enfermeiros da PM, além de civis como integrantes do Grupo de Resgate e Atendimento de Urgência (GRAU) e bombeiros do Rio de Janeiro.


A segunda turma, entretanto, é composta somente por militares combatentes do Comando e Operações Especiais (COE), e da Academia do Barro Branco, além de integrantes do Corpo de Bombeiros paulista.

Durante as aulas, os alunos aprenderão a pensar e agir em momentos de ‘fogo cruzado’, utilizando seus instrumentos táticos com técnicas de resgate e salvamento.


Importância

De acordo com Newton Djin Mori, médico e chefe do Comitê PHTLS, o treinamento é importante para diminuir a taxa de mortalidade. “Estar preparado para urgências, onde se há situações de risco com feridos, é essencial para evitar mortes”.

Segundo Mori, o curso surgiu no Brasil em 2011 para treinar equipes médicas, no entanto, percebeu-se a necessidade de capacitar também militares. “Quando você vai para uma área de conflito não vai encontrar a mesma situação de um hospital e não terá ninguém para ajudar. Se o próprio soldado souber fazer pequenos procedimentos, além de salvar sua vida vai continuar salvando outras”, completou.

O TCCC é ministrado por experientes instrutores que são supervisionados pelo Comitê do PHTLS. Nesta edição, além do coronel Fábio, o curso também é ministrado por Júnia Sueoka, médica do GRAU, pelo equatoriano Luis Yépez, coordenador do curso, e por Miguel Angel, do México.


 

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fonte: SSP


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